Ar Interno de qualidade também é prática de ESG

O ar de ambientes internos, que se costuma respirar a maior parte do tempo, também é foco de práticas de ESG. Para quem não sabe, o ESG – Environmental, Social and Governance (do português, ASG, Ambiental, Social e Governança traduz esforços mundiais por um planeta mais sustentável. E proteger o ar que se respira é uma obrigação das empresas e locais públicos.

Essa preocupação só cresce. Recentemente, o Jornal Bem Paraná destacou a conscientização de empresários nesta temática de ESG. E frisou opiniões sobre a manutenção da boa qualidade do ar interno, mostrando que está em alta no Brasil a busca por ambientes mais saudáveis. Inclusive, na opinião de especialistas, uma delas do diretor da empresa Ecoquest: o ESG não é restrito às grandes empresas. Práticas como o tratamento permanente do ar interno também são acessíveis a pequenos negócios (…) Um restaurante ou pequeno comércio pode ter acesso a essa tecnologia, protegendo funcionários e clientes”.

ESG e suas práticas nas empresas

Por onde começar a cuidar da Qualidade do Ar Interno

Tratar da qualidade do ar climatizado e, consequentemente, pensar em ESG, não é difícil. Porém, é recente esta preocupação entre as empresas. A fiscalização sobre a temática já existe, e há pouco tempo para correr atrás de ser sustentável e, claro, cumprir a lei.

Debates vêm sendo promovidos na sociedade, como o recente Congresso Mercofrio 2022, sobre climatização, destaque em jornal e ocorrido em setembro na Capital do RS, Porto Alegre. Acima de tudo, é preciso esclarecer e difundir as boas práticas em qualidade de ar climatizado ou ar interno.

O que são os edifícios verdes e sua importância para as cidades

 

A construção dos novos edifícios verdes, ou a adequação de prédios antigos a novas práticas sustentáveis, é um dos caminhos para a criação de cidades que ofereçam mais bem-estar. Autossuficiente, um edifício verde pode significar impacto ambiental reduzido, ou até próximo de zero. Mas, o que são os edifícios verdes, afinal?

São chamados edifícios ou edificações verdes aquelas que seguem novos parâmetros ligados a práticas sustentáveis e uso racional de recursos, por exemplo. Eles objetivam produzir o que consomem. As novidades podem ser nos interiores, em novos edifícios, e até voltados à reforma de prédios antigos. E incluem itens como eficiência do uso da água e de energia, qualidade dos materiais utilizados na construção (como madeiras certificadas), qualidade interna do ar, conforto térmico, localização e transporte próximo, e outras.

Edifícios verdes no Brasil: a Certificação LEED

Uma construção verde pode ter ou não uma certificação.

O processo é voluntário, isto é, o responsável pelo prédio deve solicitar o selo ou certificação, e se adequar às diretrizes que ele estabelece. Segundo matéria do Portal G1, no Brasil, uma das principais certificações para prédios verdes é a LEED – Leadership in Energy and Environmental Design. Em português, “Liderança em Energia e Design Ambiental”. O selo é conferido pela organização norte-americana Green Building Council (GBC), que tem representante aqui no país, a GBC Brasil.

 

Por aqui, apoiamos esta ideia! Afinal, uma das grandes preocupações dos edifícios verdes está na condição do ar circulante. Para que este seja de qualidade satisfatória, é preciso realizar manutenção periódica em dutos e aparelhos de ar-condicionado. Além de eliminar a circulação de gases e poluentes, com essa manutenção. Também, permitir a entrada de sol e de renovação do ar interno. E na sua cidade, existem edifícios verdes?

A relação entre fungos patogênicos e toxigênicos, ambientes fechados e a saúde

Ambientes fechados, mal ventilados e sem renovação de ar acumulam poeira e umidade. E facilitam a formação de fungos. Muitos deles, do tipo anemófilos – patogênicos ou toxigênicos. A identificação do gênero destes agentes biológicos é um trabalho essencial, que incluiu análises microscópicas que levam tempo. Exige profundo conhecimento e é feita com muito cuidado.

 

Embora haja inúmeros contaminantes do ar, os fungos são grande parte deles. Por isso, preocupam os órgãos de saúde pública.

Essa preocupação tem a ver com a qualidade do ar em ambientes internos, relacionada aos componentes e às características do ar, que afetam a saúde e o conforto dos ocupantes de uma edificação.

 

Quando inalados por longas horas, os fungos podem causar manifestações respiratórias alérgicas e infecções oportunistas. Pois é, em lugares fechados, como os locais de trabalho, o comprometimento do ar influencia o bem estar, no curto prazo, e a qualidade de vida a longo prazo. Quando o ambiente é adverso, o ocupante passa a sentir mal-estar, indisposição para o trabalho e queda de rendimento.

 

As RE’s sobre ambientes fechados: legislação para a qualidade do ar interno

E, embora muitos não saibam, a legislação que cuida da saúde das pessoas nas edificações já existe. O governo brasileiro publicou, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as Resoluções RE – n 0 3.523, em 1998, RE – n 0 176, em 2000 e a RE – nº. 9, em 2003. E elas visam o bem-estar e o conforto dos ocupantes de ambientes internos de uso público e coletivo, e exigem que as instituições e administrações de edifícios que abrigam muitas pessoas identifiquem até o tipo de fungo presente no ar de seu interior, a fim de proteger a saúde dos ocupantes.

Avanços no Plano Nacional de Qualidade de Ar Interior e saúde pública

A saúde pública ganha aliados no país com os avanços ocorridos no PNQAI. Pois é, o O Plano Nacional de Qualidade de Ar interno, ou PNQAI,  objetiva pensar ações que a sociedade civil adote, para promover a qualidade do ar em ambientes internos, ganhou um Comitê Gestor e novos rumos após evento do último 31 de março.

A qualidade do ar e sua relação com a saúde das pessoas ganhou muito mais relevância com a pandemia, causada pelo COVID-19. Além dos esforços específicos de isolamento e prevenção, espaços públicos e compartilhados também foram alvo de discussões e melhorias. Agora, se exige mais que sejam saudáveis e que se mitigue efeitos nocivos de um ar insalubre, que afeta a saúde e capacidade produtiva das pessoas. Esse assunto vem ganhando a força de entidades que representam empresas do ramo de refrigeração e sistemas internos de ar climatizado.

A qualidade de Ar Interior

Nesse sentido, o PQNAI, que nasceu como projeto no Qualindoor – Departamento de Qualidade do Ar de interiores – da ABRAVA, hoje conta com mais de 30 entidades apoiadoras junto à sociedade civil. E promoveu, em reunião oficial, a formação de seu comitê gestor. Agora, segundo matéria da ABRAFAC, grupos de trabalho farão frente a assuntos importantes sobre qualidade de ar e saúde. Por exemplo, leis e regulamentações, incluindo revisão de padrões de qualidade de ar em interiores, capacitação de agentes de fiscalização, programas de certificação de ambientes, e outros.

E assim, a saúde pública, que também depende de políticas que se preocupem com o ar que respiramos nos ambientes públicos e privados com ar climatizado/ambientes internos, ganha novos porta-vozes.

Com regulamentações e leis reforçadas, com esforços para melhorar a qualidade do ar em ambientes de circulação e de convívio de pessoas, todos ganham.

Matéria original, fonte: ABRAVA

Foto da reunião – fonte: site ABRAVA

Gerenciando a qualidade do ar para garantir ambientes internos saudáveis e sem contaminações

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Falar de qualidade do ar em ambientes internos significa entender que ambientes fechados potencializam contaminações diversas no ser humano. E, claro, com efeitos à saúde: irritação na garganta, mucosas, pele, olhos e coceiras, além de alergias, são alguns deles.

Mas por que os locais fechados aceleram contaminações e problemas à saúde? Bom, a falta de ventilação provoca a umidade que se acumula e causa bolores por fungos e bactérias. Já ambientes com ar condicionado em uso por longos períodos sofrem, justamente, da falta de umidade. Ou seja, o ar é seco demais para a respiração humana.

Um problema com soluções, sendo uma delas o monitoramento

Considerado, há algumas décadas, um grande problema a ser sanado nas cidades, leis vigentes nos países visam o controle da qualidade de ar interior. No Brasil, por exemplo, como cita o engenheiro ambiental Cristiano Nastro, a lei 13.589/2018 coloca padrões de temperatura, umidade, velocidade, taxa de renovação e grau de pureza do ar. Esta lei também dispõe sobre a manutenção de instalações e equipamentos de sistemas de climatização de ambientes. Ela visa a saúde de seus ocupantes.

Assim, seguindo as orientações, gestores de prédios públicos, empresas, locais muito frequentados, podem gerenciar, com ajuda técnica, os índices que a lei aponta como prejudiciais. E indicar melhorias e ações que incluam ventilação, filtros e outras soluções.

Se é melhor prevenir que remediar, é melhor monitorar que ficar na ignorância sobre a qualidade do ar em locais de uso comum. Um ambiente com ar “viciado”, mal ventilado, nunca será um ambiente saudável. Qualidade de ar interior é qualidade na saúde.

O risco dos ambientes fechados com ar condicionado – sua saúde e seu bolso neste verão

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O uso de ar condicionados e circuladores de ar são indispensáveis no verão brasileiro, para os lares, e os pequenos e grandes estabelecimentos. E, neste 2021, confirma-se a bandeira tarifária vermelha para os primeiros meses do ano. A manutenção destes aparelhos ligados dia e noite encarece a conta de luz. E a preocupação com o bolso aumenta, somando-se à apreensão com a qualidade de ar nos ambientes fechados.

De fato, a preocupação com tal gasto e encarecimento da energia é um fator que preocupa o brasileiro. Segundo recente reportagem do Portal de Notícias G1, da Globo, neste verão, há uma combinação de fatores tornando cuidados com o ar-condicionado urgentes. Um deles, a pandemia, que aumentou o número de pessoas que passam mais tempo dentro de casa. Outro, o aumento do número de pessoas que estão trabalhando dentro de casa, fazendo home office. Tudo isso com as contas de luz mais caras, com a bandeira vermelha.

De onde vem a bandeira vermelha na medição de energia

De forma resumida, bandeira vermelha significa a taxa extra cobrada quando os reservatórios estão baixos. Pois é, representa muito mais do que isto.

Criação da ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como projeção e sinalização para que o consumo de energia elétrica considere, mês a mês, as condições e custos de geração no País. Resumidamente, quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) é boa, tem-se bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2. Saiba mais sobre Bandeiras Tarifárias em um vídeo educativo da ANEEL.

Sem dúvida, o Brasil está (veja 01 dos responsáveis por estes rankings aqui), entre os 10 maiores consumidores – e também produtores – de energia no mundo. energia hidroelétrica é a principal fonte de energia utilizada para produzir eletricidade no país. Atualmente, 90% da energia elétrica consumida no país advém de usinas hidrelétricas. Produzimos e consumimos muito!

O risco duplo dos ambientes fechados com ar condicionado – a saúde e o seu bolso

E em situação de pandemia?

Bom, se é verdade que o país reduziu bastante sua atividade durante os picos de contágio na pandemia, também já é perceptível que o consumo de energia já retoma os níveis anteriores à pandemia.

Nesse sentido, com as temperaturas altas, o uso de equipamentos para reduzir a sensação de calor representam duplo risco. Ar condicionados e circuladores de ar/ventiladores acionados o dia todo irão levar as contas a valores altos. Caso seja possível, opte pelos ventiladores, deixando portas e janelas abertas e permitindo a circulação de ar.

O ar condicionado em excesso resseca o ar do ambiente, e enfim, traz ameaças à saúde, que já expusemos aqui: http://qualidadearinterior.com.br/geral/ar-climatizado-questao-de-saude-publica-qualidade-de-ar/. Em plena pandemia, o corona vírus segue sendo uma ameaça em ambientes sem ventilação. A receita para passar pelo nosso verão é o equilíbrio nas formas de se refrescar e muita, muita hidratação.

Conheça o radônio, o “perigo natural” presente no ar que respiramos

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Gás invisível, insípido e inodoro: conheça o radônio, o “perigo natural” presente no ar que respiramos. É originário do urânio e do tório, os dois elementos radioativos mais abundantes na Terra, e que você pode ter ouvido falar nas aulas de química.

O radônio tem sido apontado como problema de saúde pública: como é um gás invisível aos mecanismos e equipamentos utilizados em sistemas de tratamento do ar, acaba afetando de forma “cega” e constante nosso sistema imunológico. Por isso, vem sendo pauta de muitas discussões e estudos.

Por um lado, ao ar livre, o radônio se dispersa na atmosfera e não causa danos aos seres vivos. Ao contrário, acumula-se em ambientes fechados, dentro de residências e prédios com fundação direta sobre o solo. Materiais de construção civil, de pisos a paredes, podem conter sua radiação. E não percebemos, por que o gás e seus subprodutos são incolores e inodoros.

Um desafio para a saúde pública e a indústria da construção civil

Mundialmente, ao falar do radônio, ele vem sendo apontado como gás perigoso, que penetra nos ambientes fechados, nossas casas e edifícios.

Isso porquê a principal fonte de contaminação de gás radônio em um ambiente confinado é o próprio solo sobre qual o imóvel foi construído. E ele também entra por fissuras, rachaduras, buracos, canos, ralos e até mesmo pela água. E, como já vimos, no ambiente confinado, o radônio tende a se concentrar, tornando-se um contaminante radioativo invisível.

Pois é, o Radônio não pode ser “eliminado”, não se consegue capturá-lo ou destruí-lo. Por isso que se pensa em prevenção, atitude na qual a indústria da construção civil entra proativamente. O radônio e seus gases, presentes nos mais diversos materiais da construção e ornamentação (cimento, cerâmica, mármores, lages, esculturas, etc.), bem como o presente no solo, será de observação fundamental. Empresas pelo mundo já começaram a desenvolver novos produtos* e materiais pensando nisso. Associado a estudos, índices e medição da qualidade de ar interior, este será o caminho.

 

Precisa viajar de avião: deve se preocupar com contaminações?

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Viajar pode ser uma preocupação neste momento. E quem precisa viajar de avião: deve se preocupar com contaminações? Com a pandemia e o novo coronavírus, o ar interior limpo e livre de contaminação é prioridade. Embora a poluição do ar seja uma ameaça constante à nossa saúde, muitos de seus contaminantes, conhecidos e controlados em ambientes fechados e com ar condicionado, não eram uma preocupação até o surgimento desta pandemia.

A covid-19 trouxe o debate para a poluição de ambientes internos. A qualidade do ar em ambientes fechados — sua circulação e o quanto permite a dispersão ou a eliminação de patógenos — pode ser definitivo para a população não se contaminar. Você sabia que os aviões são bastante controlados neste sentido?

Pois é, o ar no interior de um avião é mais renovado e limpo do que imaginamos. Segundo o Diretor de Manutenção da LATAM, Alexandre Peronti, “há muito tempo a indústria aeronáutica se preocupa com isso e todos os projetos e sistemas de ar-condicionado e pressurização necessitam atender a padrões rigorosos de qualidade de ar dentro do ambiente das aeronaves” – em recente entrevista ao Portal UOL Notícias.

Graças aos filtros HEPA, do inglês High Efficiency Particulate Air, cerca de 40% do ar das cabines de aviões são filtrados. Os 60% restantes são provenientes do ar puro canalizado de fora do avião. Já o ar da cabine é renovado a cada três minutos, em média. Profissionais e pesquisas indicam que os filtros HEPA eliminam grande parte das gotículas expelidas que possam carregar o SARS-CoV-2.

Outros sistemas de proteção de contaminantes

Pois é, viajar de avião durante a pandemia exige também cuidados para evitar a contaminação a bordo. Por isso, companhias aéreas e aeroportos adotam, no mundo todo, medidas rígidas de limpeza e desinfecção, como:

  •  distribuição de álcool em gel
  • uso de máscaras por tripulantes e passageiros.

O ar interno que respiramos durante os voos — embora não necessariamente totalmente livre de vírus — provavelmente é bem mais limpo do que o ar em restaurantes, bares, lojas ou na sala de estar dos seus melhores amigos. Mas, cuidado: não elimina os mecanismos individuais de proteção.

Novo Corona Vírus e a saúde: estamos tranquilos em nossos carros com ar condicionado?

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Respirar dentro do carro pode ser ruim para a saúde, embora muitas vezes as pessoas não imaginem ou se lembrem disso. Com a situação de pandemia do Novo Corona Vírus, é importante pensar sobre o ar dentro de nosso transporte.

 

Como funciona a renovação do ar em nossos carros com ar condicionado

 

O sistema de ar condicionado usualmente utilizado em veículos automotores permite a troca de ar contínua, evitando que respiremos o mesmo ar sempre. Mas, para que isso ocorra, é necessário que o usuário utilize um comando de troca de ar. Em geral, ele é representado por um botão com um ícone de um automóvel e uma seta em movimento “de fora para dentro” do carro. Muitas pessoas, porém, acionam apenas o botão com uma seta giratória, ou com a simbologia AC – não ativam, assim, a renovação do ar.

Conforme Mário Sérgio Almeida, em recente entrevista ao Jornal da Manhã, da Bahia, o carro é altamente contaminante, pois a maioria das pessoas andam com a tomada de ar exterior fechada, e nós, que utilizamos oxigênio e expelimos gás carbônico, acabamos poluindo o ambiente. Um carro com os vidros fechados e o ar condicionado ligado por mais de 10 minutos já representa um nível bastante elevado de CO2, suficiente para ameaçar a sua saúde.