A umidade relativa do ar e a saúde em ambientes fechados

A importância do controle da umidade do ar deve-se a razões de conforto e saúde. A umidade, idealmente, deve situar-se dentro de uma faixa intermediária. Teores de umidade muito baixos ou muito altos provocam desconforto para olhos, garganta e vias respiratórias.

A longo prazo, umidade do ar elevada promove a multiplicação de microorganismos no ambiente interno, não somente no ar, como também no interior de móveis, forros, tecidos e superfícies porosas.

Além disso, a ANVISA recomenda para os ambientes climatizados que a Umidade Relativa mínima seja de 35% nas condições de inverno e de 40% nas condições de verão. Aliás, o valor máximo deve ficar em até 65%, podendo ser de até 70% em áreas de acesso. Ambientes de arte devem operar numa faixa mais restrita, entre 40% e 55% durante todo o ano.

E como ficam os ambientes com ar condicionado?

Primeiramente, sistemas de ar condicionado sem controle de umidade e sem renovação de ar podem permitir que a umidade relativa saia fora dessa faixa. Um extremo ocorre no verão, quando a umidade relativa já está baixa em função das altas temperaturas, e o uso do ar condicionado piora tudo. Os ocupantes sentem o desconforto nos olhos, nariz e garganta e o ar desidratado resseca as mucosas das vias aéreas. E assim, destrói anticorpos e enzimas que atacam germes invasores, predispondo as pessoas a infecções.

Também, em relação à umidade, e num extremo oposto, ela pode elevar-se extremamente. Ambientes densamente ocupados — tais como auditórios e salas de espera, entre outros —, quando não propriamente ventilados, levam a isso devido à respiração dos ocupantes. E, nessa situação, a umidade relativa não é o único problema: geralmente as concentrações de dióxido de carbono também elevam-se, juntamente com outros poluentes internos.

O que OMS alerta a respeito do ar em ambientes fechados

Pois é, em relação à qualidade do ar e saúde, a OMS tem sido sugerido que a umidade elevada é um fator forte e consistente de risco de asma e sintomas respiratórios, e um risco em situações consideradas pandemia. A possibilidade de danos à saúde pelos contaminantes biológicos do ar de interiores poderia, assim, ser abordada considerando-se a umidade como indicador de risco. [3]

[3] OMS, Guidelines for indoor air quality: dampness and Mould; 2010.