Radônio, uma questão de saúde pública no debate mundial
Algumas características fazem do radônio uma questão de saúde pública em todo o mundo. Gás radioativo e de origem natural, ele é abundante em toda crosta terrestre, no solo e nas rochas. Ao ar livre, o radônio se dispersa na atmosfera e não causa danos aos seres vivos. Mas, acumula-se em ambientes fechados, dentro de residências e prédios com fundação direta sobre o solo.
Atualmente, comunidades científicas e autoridades em saúde voltam sua atenção para o debate em relação a este gás. Ele é considerado um risco para o ser humano quando em determinadas concentrações. Segundo a OMS (WHO, 2009), o radônio é o maior causa do câncer de pulmão após o tabagismo e o principal indutor da doença entre não fumantes, pois libera partículas radioativas. Um desafio de todos os países é lidar com este risco, especialmente quando suas populações passam boa parte da vida “confinadas”, em ambientes fechados, internos, climatizados.
Nesse sentido, recente evento reuniu especialistas em geociências, medicina e saúde pública do Brasil e da Irlanda. Realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), promoveu o debate sobre técnicas para fortalecer o Programa de Risco de Radônio do Brasil*.
O evento contou com Quentin Crowley, professor e pesquisador da Trinity College Dublin. Ele compartilhou a experiência e da Irlanda, já que uma das metas do programa no Brasil é desenvolver indicadores que apontem níveis de concentração de radônio. Isso, espera-se, contribuiria na diminuição do desenvolvimento do câncer de pulmão.
O programa brasileiro e a sua saúde
Conforme mencionou o geólogo do CEDES, Oderson Souza, neste evento ocorrido em setembro, os mapas de exposição ao radônio e as informações epidemiológicas possibilitarão definir o quanto o radônio influencia no desenvolvimento da doença entre brasileiros. E, em contrapartida, auxiliarão no planejamento mais assertivo das políticas de prevenção do câncer. Enfim, o programa objetiva evitar que centenas de brasileiros sejam vitimados pela doença, como vêm ocorrendo, lançando luzes sobre a questão.
(para ver a exposição com detalhe, acesse a matéria aqui*)
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