Ar Interno de qualidade também é prática de ESG

O ar de ambientes internos, que se costuma respirar a maior parte do tempo, também é foco de práticas de ESG. Para quem não sabe, o ESG – Environmental, Social and Governance (do português, ASG, Ambiental, Social e Governança traduz esforços mundiais por um planeta mais sustentável. E proteger o ar que se respira é uma obrigação das empresas e locais públicos.

Essa preocupação só cresce. Recentemente, o Jornal Bem Paraná destacou a conscientização de empresários nesta temática de ESG. E frisou opiniões sobre a manutenção da boa qualidade do ar interno, mostrando que está em alta no Brasil a busca por ambientes mais saudáveis. Inclusive, na opinião de especialistas, uma delas do diretor da empresa Ecoquest: o ESG não é restrito às grandes empresas. Práticas como o tratamento permanente do ar interno também são acessíveis a pequenos negócios (…) Um restaurante ou pequeno comércio pode ter acesso a essa tecnologia, protegendo funcionários e clientes”.

ESG e suas práticas nas empresas

Por onde começar a cuidar da Qualidade do Ar Interno

Tratar da qualidade do ar climatizado e, consequentemente, pensar em ESG, não é difícil. Porém, é recente esta preocupação entre as empresas. A fiscalização sobre a temática já existe, e há pouco tempo para correr atrás de ser sustentável e, claro, cumprir a lei.

Debates vêm sendo promovidos na sociedade, como o recente Congresso Mercofrio 2022, sobre climatização, destaque em jornal e ocorrido em setembro na Capital do RS, Porto Alegre. Acima de tudo, é preciso esclarecer e difundir as boas práticas em qualidade de ar climatizado ou ar interno.

Poluição do ar: pode ser maior em ambientes internos do que externos

O ar que respiramos pode ser muito mais nocivo à nossa saúde dentro das casas e edificações do que na rua. Essa situação, que ocorre quando usamos aparelhos de ar condicionado sem manutenção, foi constatada em diversos estudos científicos. E o problema da qualidade de ar interno ganhou status de saúde pública no mundo todo.

Por um lado, pense bem: as pessoas passam em torno de 90% do tempo em locais fechados. Com as temperaturas extremas – muito frio, muito calor – e as janelas e aberturas cerradas, a qualidade do ar dos interiores decai. Segundo a EPA (Agência Ambiental Americana) acaba ficando entre os cinco maiores riscos ambientais para a saúde pública.

Lei 13.589 obriga a manutenção de sistemas de ar condicionado em prédios

 

E é por isso que muitos países, como o Brasil, contam com normas técnicas específicas desde 1990. E, em 2018, estas normas foram reforçadas com a Lei 13.589 sancionada. E ela torna obrigatória a manutenção do ar condicionado em prédios públicos e privados coletivos (não residenciais).

Lei que cuida da manutenção do ar condicionado (foto: shutterstock.com / visionsi)

A legislação é aplicável a empreendimentos públicos e privados e pede a realização de avaliações microbiológicas e de gases voláteis. Isso é essencial para averiguar as condições do ambiente.

Dentre outras coisas, quem cuida da manutenção, PMOC e afins de um prédio, consegue:

Manter a adequação à Lei 13.589/2018;

Melhorar a qualidade do ar interno e reduzir fungos, mofo e bactérias;

Preservar o rendimento e funcionamento do equipamento de ar;

Prorrogar a vida útil dos equipamentos. Sem um plano de manutenção, a vida útil pode ser reduzida em até 70%;

Evitar doenças respiratórias em funcionários;

Evitar a multa (de até R$ 200.000,00 e dependendo a área de atividade da empresa chegar a 1,5 milhão) e processos judiciais;

O que são os edifícios verdes e sua importância para as cidades

 

A construção dos novos edifícios verdes, ou a adequação de prédios antigos a novas práticas sustentáveis, é um dos caminhos para a criação de cidades que ofereçam mais bem-estar. Autossuficiente, um edifício verde pode significar impacto ambiental reduzido, ou até próximo de zero. Mas, o que são os edifícios verdes, afinal?

São chamados edifícios ou edificações verdes aquelas que seguem novos parâmetros ligados a práticas sustentáveis e uso racional de recursos, por exemplo. Eles objetivam produzir o que consomem. As novidades podem ser nos interiores, em novos edifícios, e até voltados à reforma de prédios antigos. E incluem itens como eficiência do uso da água e de energia, qualidade dos materiais utilizados na construção (como madeiras certificadas), qualidade interna do ar, conforto térmico, localização e transporte próximo, e outras.

Edifícios verdes no Brasil: a Certificação LEED

Uma construção verde pode ter ou não uma certificação.

O processo é voluntário, isto é, o responsável pelo prédio deve solicitar o selo ou certificação, e se adequar às diretrizes que ele estabelece. Segundo matéria do Portal G1, no Brasil, uma das principais certificações para prédios verdes é a LEED – Leadership in Energy and Environmental Design. Em português, “Liderança em Energia e Design Ambiental”. O selo é conferido pela organização norte-americana Green Building Council (GBC), que tem representante aqui no país, a GBC Brasil.

 

Por aqui, apoiamos esta ideia! Afinal, uma das grandes preocupações dos edifícios verdes está na condição do ar circulante. Para que este seja de qualidade satisfatória, é preciso realizar manutenção periódica em dutos e aparelhos de ar-condicionado. Além de eliminar a circulação de gases e poluentes, com essa manutenção. Também, permitir a entrada de sol e de renovação do ar interno. E na sua cidade, existem edifícios verdes?

A relação entre fungos patogênicos e toxigênicos, ambientes fechados e a saúde

Ambientes fechados, mal ventilados e sem renovação de ar acumulam poeira e umidade. E facilitam a formação de fungos. Muitos deles, do tipo anemófilos – patogênicos ou toxigênicos. A identificação do gênero destes agentes biológicos é um trabalho essencial, que incluiu análises microscópicas que levam tempo. Exige profundo conhecimento e é feita com muito cuidado.

 

Embora haja inúmeros contaminantes do ar, os fungos são grande parte deles. Por isso, preocupam os órgãos de saúde pública.

Essa preocupação tem a ver com a qualidade do ar em ambientes internos, relacionada aos componentes e às características do ar, que afetam a saúde e o conforto dos ocupantes de uma edificação.

 

Quando inalados por longas horas, os fungos podem causar manifestações respiratórias alérgicas e infecções oportunistas. Pois é, em lugares fechados, como os locais de trabalho, o comprometimento do ar influencia o bem estar, no curto prazo, e a qualidade de vida a longo prazo. Quando o ambiente é adverso, o ocupante passa a sentir mal-estar, indisposição para o trabalho e queda de rendimento.

 

As RE’s sobre ambientes fechados: legislação para a qualidade do ar interno

E, embora muitos não saibam, a legislação que cuida da saúde das pessoas nas edificações já existe. O governo brasileiro publicou, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as Resoluções RE – n 0 3.523, em 1998, RE – n 0 176, em 2000 e a RE – nº. 9, em 2003. E elas visam o bem-estar e o conforto dos ocupantes de ambientes internos de uso público e coletivo, e exigem que as instituições e administrações de edifícios que abrigam muitas pessoas identifiquem até o tipo de fungo presente no ar de seu interior, a fim de proteger a saúde dos ocupantes.

O que você deve saber sobre o uso efetivo dos condicionadores de ar

Não é incomum encontrarmos estabelecimentos em que os condicionadores de ar são ligados apenas em temperaturas extremas. E não sendo utilizados com regularidade. Essa é uma medida de economia de energia e, muitas vezes, de conforto para os ocupantes – muitas vezes, até em relação ao ruído. Em outros casos, porém, o equipamento não é utilizado simplesmente porque as pessoas sentem-se confortáveis com o ar ao natural, e a falta do ar condicionado não é percebida.

Ainda, ambientes com elevada ocupação de pessoas tendem a desenvolver problemas em relação à qualidade do ar. Um deles é a concentração e amplificação de poluentes, quando não recebem a ventilação adequada. Os responsáveis por esses locais poderiam melhorar a qualidade do ar, simplesmente, usando maior regularidade os condicionadores de ar. Na maioria dos sistemas, há a possibilidade de uso na função de ventilação somente! Pois é, ela apresenta, inclusive, um consumo de energia bem inferior ao da refrigeração ou aquecimento.

Ar condicionados são projetados para promover a qualidade do ar. Mas isso só ocorre, de fato, quando adequadamente projetados, instalados e mantidos. Os condicionadores centrais promovem a filtragem e renovação do ar, além do controle da temperatura e da umidade. Já os equipamentos simples, como Split e tipo ‘Janela’, efetuam, no mínimo, a filtragem de partículas grosseiras do ar, também colaborando com a qualidade do ar interior. Porém, não solucionam o problema da renovação do ar, e por isso, é preciso, nestes casos, buscar auxílio com profissionais do ramo de qualidade do ar.

PMOC, o que é e por que é importante para a saúde pública

Não é de hoje que o assunto saúde nos ambientes coletivos gera discussão para novas atitudes. Regulamentos e leis surgem, de tempos em tempos, para organizar e garantir determinadas práticas que visam ambientes coletivos saudáveis. Nos últimos anos, com o aumento das instalações de sistemas de ar condicionado, em especial nos prédios públicos, a saúde do ar respirado virou uma preocupação.

Um sistema de ar condicionado promove o que se chama de conforto térmico. Hoje em dia, a maioria dos estabelecimentos e prédios públicos possui climatização artificial. E, como todo sistema, exige cuidados e manutenções. E quais cuidados seriam estes, quem define o que é mais importante para a segurança e saúde dos ambientes climatizados?

O que é o PMOC e o que diz a Lei

Quando se fala de sistemas de ar condicionado, por exemplo, a Lei federal de 13.589, de 2018, definiu o PMOC – Plano de Manutenção, Operação e Controle. E isso melhorou a qualidade de muitos ambientes.

Pois é, a Lei Federal 13.589 diz que todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes climatizados, devem dispor deste plano, que preocupa-se com diversos pontos. Por exemplo: distribuição correta, conforme tamanho e quantidade de usuários, segurança nas instalações e também a qualidade do ar respirado. Para o usuário, o mais importante é que o PMOC busca preservar a saúde das pessoas em ambientes climatizados, e extinguir a chamada Síndrome do Edifício Doente.

E como se faz a análise da qualidade de ar?

Para que um ambiente climatizado seja considerado saudável, é essencial observar os parâmetros estipulados pela Resolução RE 09, ou Resolução n.º 9 de 2003, da ANVISA. Dentre estes parâmetros, a limpeza ou substituição dos filtros de ar condicionados, de forma regular e por especialistas. Além disso, responsável técnico também pode determinar períodos de inspeção e medição do ar. É importante que a análise da qualidade do ar climatizado seja realizada periodicamente.

Também, conforme a Resolução nº 9/03, há parâmetros e limites máximos na avaliação da qualidade do ar climatizado, que fornecem dados para tomada de ações corretivas e preventivas. A avaliação é realizada por laboratórios especializados e que garantam confiabilidade nos resultados analíticos.

Estas são apenas algumas exigências trazidas pelas normas que tratam da qualidade do ar e da saúde em ambientes climatizados. A elaboração do PMOC ANVISA, além de ser essencial para assegurar a saúde e o bem-estar, não deve ser deixada de lado, já que a ausência desse documento pode acarretar penalidades para a empresa ou organização.

Com o PMOC, prédios públicos promovem melhora na qualidade de ar, e assim reduzem proliferação de fungos e bactérias. Além disso, estão preparados para inspeções técnicas de vigilância sanitária, evitam multas e contribuem para a saúde pública.

As melhores plantas para purificar o ar, segundo a NASA

Já imaginou ter, na sua casa, plantas que purificam o ar?

Existem muitas formas de manter o ar de ambientes internos mais limpo e saudável. Que podem ir desde o planejamento de uma boa ventilação externa, até a inclusão de plantas que trabalham como filtros de renovação do ar.

alguns anos, a NASA fez um estudo que mostrou plantas com um enorme poder de limpar o ar de ambientes internos. Recentemente, o Jornal BBC conversou com o especialista responsável por aquele estudo, Dr.  Bill Wolverton, que hoje dirige a ONG Wolverton Environmental Services. E adivinha só? Estas plantas continuam super recomendadas para filtro e limpeza de ar de ambientes fechados.

Veja aqui as 5 plantas mais recomendadas, e porque elas purificam o ar da sua casa.

 

5 plantas que ajudam na qualidade do ar, purificando os ambientes internos

Foto de uma jiboia

 

1- Jibóia (Epipremnum aureum)

Essa planta é bem popular e fácil de ser obtida. Folhosa, é muito resistente e não requer grandes cuidados.

Por isso é bastante utilizada em ambientes de escritório e outros locais públicos. Temperatura entre 17ºC e 30ºC, e só é preciso regá-la quando a terra estiver seca.

Como auxilia? É eficaz na absorção de formaldeído, xileno e benzeno.

 

 

Lírio da paz, no detalhe.

 

2- Lírio da paz (Spathiphyllum)

A flor do lírio da paz é muito querida em decorações.

É uma planta que se adapta a pouca luz e pouca água. E que cresce em temperaturas superiores a 18ºC, sendo bastante longeva. No entanto, deve ficar longe de fortes correntes de ar.

Ela absorve os cinco contaminantes de ar analisados pela Nasa: benzeno, xileno, amoníaco, tricloroetileno e formaldeído.

 

 

 

Uma palmeira dama.

 

3- Palmeira-dama (Raphis excels)

Também chamada de palmeira-ráfia.

De aspecto exótico, cresce até 3 metros de altura.

Ideal para ambientes internos, pois gosta de temperaturas medianas e sem luz direta, ou seja, claridade sim, mas sem ser atingida pelo sol.

De acordo com a NASA, se encarrega de eliminar do ar o formaldeído, o xileno e o amoníaco.

 

Conjunto de espadas de São Jorge

 

4- Espada-de-São-Jorge (Sansevieria trifasciata)

Também muito popular em decoração e ambientação.

Como vantagem, vive bem em condições desfavoráveis.

Pode, por exemplo, aguentar temperaturas bem altas (até 40ºC) e bem baixas (-5ºC), se esses extremos ocorrerem de maneira esporádica.

É boa para eliminar benzeno, xileno, formaldeído e também o tolueno e o tricloroetileno.

 

 

A conhecida árvore de borracha.

 

5-Árvore-da-borracha (Ficus elastica)

Também chamada de falsa-seringueira, é uma planta bastante caseira.

É muito resistente e, como tem um alto índice de transpiração, ajuda a manter a umidade do ar.

Em poucos anos, ela pode crescer muito.

É eficiente na eliminação do benzeno, xileno e tolueno e também age contra o formaldeído e o tricloroetileno.

 

 

 

As plantas para interiores ajudam a promover a qualidade do ar que se respira. E ajudam a compor um ambiente mais agradável, seja em empresas, seja nos lares.

Escolha com atenção a suas características, e invista em plantas e qualidade do ar em ambientes internos.

 

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151127_plantas_poluicao_mdb

Avanços no Plano Nacional de Qualidade de Ar Interior e saúde pública

A saúde pública ganha aliados no país com os avanços ocorridos no PNQAI. Pois é, o O Plano Nacional de Qualidade de Ar interno, ou PNQAI,  objetiva pensar ações que a sociedade civil adote, para promover a qualidade do ar em ambientes internos, ganhou um Comitê Gestor e novos rumos após evento do último 31 de março.

A qualidade do ar e sua relação com a saúde das pessoas ganhou muito mais relevância com a pandemia, causada pelo COVID-19. Além dos esforços específicos de isolamento e prevenção, espaços públicos e compartilhados também foram alvo de discussões e melhorias. Agora, se exige mais que sejam saudáveis e que se mitigue efeitos nocivos de um ar insalubre, que afeta a saúde e capacidade produtiva das pessoas. Esse assunto vem ganhando a força de entidades que representam empresas do ramo de refrigeração e sistemas internos de ar climatizado.

A qualidade de Ar Interior

Nesse sentido, o PQNAI, que nasceu como projeto no Qualindoor – Departamento de Qualidade do Ar de interiores – da ABRAVA, hoje conta com mais de 30 entidades apoiadoras junto à sociedade civil. E promoveu, em reunião oficial, a formação de seu comitê gestor. Agora, segundo matéria da ABRAFAC, grupos de trabalho farão frente a assuntos importantes sobre qualidade de ar e saúde. Por exemplo, leis e regulamentações, incluindo revisão de padrões de qualidade de ar em interiores, capacitação de agentes de fiscalização, programas de certificação de ambientes, e outros.

E assim, a saúde pública, que também depende de políticas que se preocupem com o ar que respiramos nos ambientes públicos e privados com ar climatizado/ambientes internos, ganha novos porta-vozes.

Com regulamentações e leis reforçadas, com esforços para melhorar a qualidade do ar em ambientes de circulação e de convívio de pessoas, todos ganham.

Matéria original, fonte: ABRAVA

Foto da reunião – fonte: site ABRAVA

Gerenciando a qualidade do ar para garantir ambientes internos saudáveis e sem contaminações

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Falar de qualidade do ar em ambientes internos significa entender que ambientes fechados potencializam contaminações diversas no ser humano. E, claro, com efeitos à saúde: irritação na garganta, mucosas, pele, olhos e coceiras, além de alergias, são alguns deles.

Mas por que os locais fechados aceleram contaminações e problemas à saúde? Bom, a falta de ventilação provoca a umidade que se acumula e causa bolores por fungos e bactérias. Já ambientes com ar condicionado em uso por longos períodos sofrem, justamente, da falta de umidade. Ou seja, o ar é seco demais para a respiração humana.

Um problema com soluções, sendo uma delas o monitoramento

Considerado, há algumas décadas, um grande problema a ser sanado nas cidades, leis vigentes nos países visam o controle da qualidade de ar interior. No Brasil, por exemplo, como cita o engenheiro ambiental Cristiano Nastro, a lei 13.589/2018 coloca padrões de temperatura, umidade, velocidade, taxa de renovação e grau de pureza do ar. Esta lei também dispõe sobre a manutenção de instalações e equipamentos de sistemas de climatização de ambientes. Ela visa a saúde de seus ocupantes.

Assim, seguindo as orientações, gestores de prédios públicos, empresas, locais muito frequentados, podem gerenciar, com ajuda técnica, os índices que a lei aponta como prejudiciais. E indicar melhorias e ações que incluam ventilação, filtros e outras soluções.

Se é melhor prevenir que remediar, é melhor monitorar que ficar na ignorância sobre a qualidade do ar em locais de uso comum. Um ambiente com ar “viciado”, mal ventilado, nunca será um ambiente saudável. Qualidade de ar interior é qualidade na saúde.

O risco dos ambientes fechados com ar condicionado – sua saúde e seu bolso neste verão

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O uso de ar condicionados e circuladores de ar são indispensáveis no verão brasileiro, para os lares, e os pequenos e grandes estabelecimentos. E, neste 2021, confirma-se a bandeira tarifária vermelha para os primeiros meses do ano. A manutenção destes aparelhos ligados dia e noite encarece a conta de luz. E a preocupação com o bolso aumenta, somando-se à apreensão com a qualidade de ar nos ambientes fechados.

De fato, a preocupação com tal gasto e encarecimento da energia é um fator que preocupa o brasileiro. Segundo recente reportagem do Portal de Notícias G1, da Globo, neste verão, há uma combinação de fatores tornando cuidados com o ar-condicionado urgentes. Um deles, a pandemia, que aumentou o número de pessoas que passam mais tempo dentro de casa. Outro, o aumento do número de pessoas que estão trabalhando dentro de casa, fazendo home office. Tudo isso com as contas de luz mais caras, com a bandeira vermelha.

De onde vem a bandeira vermelha na medição de energia

De forma resumida, bandeira vermelha significa a taxa extra cobrada quando os reservatórios estão baixos. Pois é, representa muito mais do que isto.

Criação da ANEEL, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como projeção e sinalização para que o consumo de energia elétrica considere, mês a mês, as condições e custos de geração no País. Resumidamente, quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) é boa, tem-se bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2. Saiba mais sobre Bandeiras Tarifárias em um vídeo educativo da ANEEL.

Sem dúvida, o Brasil está (veja 01 dos responsáveis por estes rankings aqui), entre os 10 maiores consumidores – e também produtores – de energia no mundo. energia hidroelétrica é a principal fonte de energia utilizada para produzir eletricidade no país. Atualmente, 90% da energia elétrica consumida no país advém de usinas hidrelétricas. Produzimos e consumimos muito!

O risco duplo dos ambientes fechados com ar condicionado – a saúde e o seu bolso

E em situação de pandemia?

Bom, se é verdade que o país reduziu bastante sua atividade durante os picos de contágio na pandemia, também já é perceptível que o consumo de energia já retoma os níveis anteriores à pandemia.

Nesse sentido, com as temperaturas altas, o uso de equipamentos para reduzir a sensação de calor representam duplo risco. Ar condicionados e circuladores de ar/ventiladores acionados o dia todo irão levar as contas a valores altos. Caso seja possível, opte pelos ventiladores, deixando portas e janelas abertas e permitindo a circulação de ar.

O ar condicionado em excesso resseca o ar do ambiente, e enfim, traz ameaças à saúde, que já expusemos aqui: http://qualidadearinterior.com.br/geral/ar-climatizado-questao-de-saude-publica-qualidade-de-ar/. Em plena pandemia, o corona vírus segue sendo uma ameaça em ambientes sem ventilação. A receita para passar pelo nosso verão é o equilíbrio nas formas de se refrescar e muita, muita hidratação.