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Ambiente interno com qualidade de ar

Ar climatizado: questão de saúde pública

O ar limpo é um requisito básico da vida.

A qualidade do ar dentro de casas, escritórios, escolas, edifícios públicos, serviços de saúde ou outros serviços privados e públicos onde as pessoas passam grande parte da vida é um determinante ao bem-estar e saúde. Substâncias danosas emitidas por materiais de construção e equipamentos no interior dos edifícios, ou devido a atividades como a combustão de gás para cozinhar ou para aquecimento, levam a uma ampla gama de problemas de saúde. Veja só, a exposição aos poluentes do ar interno causa danos significativos à saúde, especialmente nos países em desenvolvimento. [1]

Uma questão importante: o tempo que permanecemos em ambientes climatizados

As pessoas gastam uma fração substancial de tempo dentro dos edifícios. Em residências, creches, lares de idosos e outros ambientes especiais, a poluição do ar em ambientes fechados afeta grupos populacionais mais vulneráveis. A poluição microbiana envolve centenas de espécies de bactérias e fungos. Afinal, eles também crescem dentro dos ambientes, quando há umidade suficiente disponível. E a medicina confirma: a exposição a contaminantes microbianos está clinicamente associada a sintomas respiratórios, alergias, asma e reações imunológicas. [2]

Nesse sentido, também, a Organização Mundial de Saúde já estimou que mais de 30% de todos os edifícios comerciais tenham significativos problemas de qualidade do ar interior, sendo mundialmente relatados casos de doenças como a Síndrome dos Edifícios Doentes (SED) e a Doença Relacionada ao Edifício (DRE).

Embora a principal função do sistema de condicionamento de ar seja o conforto térmico, este deve introduzir ar exterior, de modo a diluir os poluentes e odores gerados no espaço público. Uma vez que os edifícios modernos têm uma ventilação natural (infiltração) inferior à dos antigos, e porque os ocupantes, os equipamentos e mobílias produzem poluentes químicos, é importante adicionar ar exterior limpo ao espaço ocupado.

Além disso, à umidade e à ventilação inadequada em ambientes internos é atribuída a presença de muitos agentes biológicos. O excesso de umidade em quase todos os materiais internos leva ao crescimento de micróbios, como mofo, fungos e bactérias. E ainda, a umidade inicia a degradação química ou biológica dos materiais, que também poluem o ar interno. [2]

Sempre há soluções para o ar climatizado e qualidade de ar interior

Sabe-se que a renovação do ar interior gera custos adicionais. Eles podem ser provenientes das operações de filtração, aquecimento/arrefecimento, umidificação/desumidificação e de distribuição do ar. O que a torna energeticamente dispendiosa, em especial durante as épocas de temperaturas mais extremas. Mas é questão de saúde pública: é  atualmente reconhecido que os requisitos de conservação de energia e de Qualidade do Ar Interior devem ser suficientes para fornecer qualidade em termos de saúde, conforto, um trabalho produtivo ou espaço público agradável aos ocupantes. [3] Um bom projeto de ventilação e ar condicionado pode viabilizar uma solução que atenda a todos esses requisitos.

[1] WHO, Guidelines for indoor air quality: selected pollutants; 2010.
[2] WHO, Guidelines for indoor air quality: dampness and Mould; 2010.
[3] Agência Portuguesa do Ambiente, Qualidade do ar em espaços interiores: um guia técnico. 2009